Àqueles que viram, é mais difícil não ver
A beleza outrora revelada abertamente
As atitudes reveladas de forma autêntica
O olhar tão atento
Num sorriso tão aberto
Tudo tão íntimo, tão claro, tão perto
Mas a distância chegou sem avisar
Mesmo assim foi fácil
percebê-la nos semblantes semelhantes
A alegria principal, se foi...
Ficou só aquela encontrada nos momentos
Estranhamos tanto
Ficamos como quem não sabe viver
Como aqueles que não tem para onde voltar
Porque acostumou-se a ser sempre de um só lugar
Até que, desolados de tanto esperar, olhar em volta e
desanimar ao ponto de desfalecer:
Lembramos.
A memória de repente pareceu-nos a única e maravilhosa saída
para encontrá-lo
Lembramo-nos dele em nossa oração à Ele
Do seu sorriso, do seu olhar, do seu jeito, do seu carinho,
do seu cuidado.
E respiramos.
A memória disse: ele não nos deixou.
Está em nós, na nossa história, na gente, no outro, em tudo.
Memória: aquilo que em nós mora.
Deus mora, e a gente: revigora, rememora!